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quinta-feira, 3 de junho de 2010

Israel aceita observadores estrangeiros no inquérito sobre ataque a ativistas

O governo de Israel decidiu, nesta quinta-feira, propor que observadores internacionais acompanhem as investigações a respeito do ataque da marinha israelense a uma frota de barcos de ativistas pró-palestinos. Tel-aviv, porém, exige que o comando do inquérito fique sob sua responsabilidade.

A realização de uma investigação internacional é defendida pela União Europeia, Turquia e Organização das Nações Unidas (ONU). Já os Estados Unidos sugeriram que Israel comandasse o inquérito, mas com participação internacional. A ideia americana foi acatada pelo governo israelense.



O representante especial dos EUA para o Oriente Médio, George Mitchell, disse que "a tragédia" não deve abalar as negociações mediadas por ele entre Israel e a Autoridade Palestina, que, segundo ele, estavam progredindo.



Nova ativistas morreram na operação, ocorrida na madrugada de segunda-feira. Os demais foram presos e deportados pelo governo israelense. Centenas de ativistas chegaram nesta quinta à Turquia, onde foram recebidos como heróis. Eles acusaram os fuzileiros navais israelenses de cometerem "crimes de guerra" e homicídios injustificados a bordo da balsa turca Mavi Marmara.
Já Israel alega que seus soldados mataram os ativistas porque estavam sendo agredidos ao descerem de helicóptero no convés, inclusive com o uso de armas. O país alega que havia "terroristas" a bordo das embarcações, e que o fim do bloqueio à Faixa de Gaza permitiria que o Hamas obtivesse mísseis iranianos de longo alcance, o que seria uma ameaça não só para Israel, mas também para a Europa.
(Com agência Reuters)

Israel - O governo israelense acusou os membros da flotilha de terem provocado a violência. "Eles desencadearam a violência", declarou à AFP o porta-voz do primeiro-ministro Netanyahu, Mark Regev. "Fizemos todos os esforços possíveis para evitar este incidente. Os militares foram instruídos para uma operação policial e deviam observar o máximo de moderação", completou.



"Infelizmente fomos atacados com extrema violência por pessoas no barco, com barras de ferro, facas e tiros", destacou Regev. Segundo a rádio militar israelense, entre 10 e 14 pessoas morreram no confronto, iniciado quando alguns passageiros tentaram retirar as armas dos oficiais israelenses.



Israel afirma que, após uma verificação de segurança, a carga será enviada para Gaza pelos meios autorizados. O governo afirma que não atacou nenhum navio, apenas "cumpriu uma ordem do governo que impede que qualquer embarcação se aproxime da Faixa de Gaza sem entrar em contato com Israel". Em comunicado, o exército de Israel afirma que os suprimentos poderiam ser enviados à Gaza legalmente por meio do seu território. A invasão aconteceu às 4h da manhã no horário local (22h no horário de Brasília) em águas internacionais.



Comunidade internacional - O governo da Turquia advertiu Israel para as "consequências irreparáveis" nas relações bilaterais. "Condenamos energicamente as práticas desumanas de Israel", afirma a chancelaria turca em um comunicado.



A União Europeia (UE) pediu uma "investigação completa" das autoridades israelenses sobre as circunstâncias do ataque e reiterou o pedido de uma abertura "incondicional" de Gaza à ajuda humanitária e ao comércio.A Espanha, que exerce a presidência semestral da UE, convocou o embaixador de Israel para pedir explicações. O presidente palestino Mahmud Abbas afirmou que o ataque foi "uma matança" e decretou três dias de luto nos territórios palestinos.



A Autoridade Palestina exigiu uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU para debater o ataque e a Liga Árabe qualificou a operação de "crime". O movimento radical palestino Hamas convocou árabes e muçulmanos a uma revolta diante das embaixadas de Israel. A censura militar israelense proibiu a divulgação de qualquer notícia sobre as vítimas provocadas pelo ataque.



Durante o fim de semana, Israel qualificou o comboio de ilegal e advertiu que apreenderia os barcos. O episódio aconteceu na véspera de um encontro em Washington entre o presidente americano, Barack Obama, e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
(Com agência France-Presse)






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